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Verificando as notícias online

Relatório Crítico

1. Introdução (interesse da ação no contexto do ensino-aprendizagem e expetativas iniciais).

A desinformação é um enorme problema da sociedade atual. Alguns rankings colocam-na no topo de uma tabela, logo após conflitos entre estados, fenómenos meteorológicos extremos e confrontos geoeconómicos. Isto justifica por si só o interesse pelo tema. Este interesse aumenta quando se constata que esta desinformação circula sobretudo através das redes sociais, que são o veículo de informação preferido pelos jovens, o que significa que serão estes as suas principais vítimas, e que as ameaças à democracia são uma realidade cada vez mais forte e generalizada. 

Neste sentido, o conhecimento deste tema é essencial para todos os docentes, devendo o mesmo ser abordado de forma transversal nas escolas, o que só poderá acontecer se forem desenhadas ações consistentes e bem estruturadas que envolvam os alunos para os consciencializar e preparar para fazerem face a quem os quer ludibriar e conseguirem inverter este processo que progride a um ritmo alarmante.

Foi, por isso, com grandes expectativas que me inscrevi nesta formação. Não precisava de créditos, o que comprova por si só o meu interesse pelo tema. Outra motivação foi o facto de ter estado tanto tempo a coordenar o projeto jornalístico da escola, cuja função ainda evoco com nostalgia, pois considero que treinar jovens jornalistas é desenvolver o seu espírito crítico, além de todas as outras competências envolvidas, essencial na procura do relevante e da verdade. Finalmente, a formadora, a quem reconheço qualidades profissionais sobejas para saber que a formação não só não me desiludiria como corria o risco de superar as minhas expectativas.

2. Avaliação global da ação (conteúdos abordados, cumprimento dos objetivos, estratégias e metodologias de ensino utilizadas; adequação da formação aos diferentes níveis de conhecimento dos formandos; a documentação fornecida e os materiais de suporte, como uma mais-valia no processo de ensino-aprendizagem).

Considero que foi muito gratificante frequentar esta formação, sendo os conteúdos muito pertinentes, os objetivos cabalmente cumpridos, as estratégias e dinâmicas criadas foram adequadas e estimularam a discussão, a partilha e abriram caminhos que nos conduziram numa autoestrada com muitas bifurcações e muitas surpresas, conduzindo a uma variedade de abordagens e recursos que nos forneceram matéria para poder desenhar cenários de aprendizagem estimulantes e significativos

Apesar de a temática não ser desconhecida, gostei da abordagem histórica que foi feita, já que em alguns casos não me tinha apercebido da relação que acontecimentos da antiguidade tinham com um conceito que é tão forte na atualidade e tem sido visto como caracterizador de uma situação que cresceu exponencialmente devido à disseminação das redes sociais. O interesse que isso despertou acabou por fazer que me dispersasse um pouco em pesquisas e levou-me até alguns sites muito interessantes e exemplos que acabei por integrar nas atividades que desenhei e que poderiam até permitir o enriquecimento dos alunos com referências históricas, artísticas, literárias e científicas, como um quadro de Klimt ou o cavalo de Tróia. Encontrei também alguma informação estatística que me pareceu importante explorar, como os gráficos que apresentam a desinformação como um dos maiores problemas da humanidade - um "honroso" quinto lugar.

Além disso, a formação permitiu-se, também, recordar os conteúdos que costumavam ser abordados relativamente à publicidade, como as pulsações inerentes ao homem,  e que estão na base da construção de muitas das inverdades que são publicadas e disseminadas. Além disto, a tipologia das inverdades, os verificadores de factos, as pistas para identificar notícias e imagens falsas e também os melhores procedimentos para as combater, o “prebunking”, a sociedade VUCA e aquela que temos de criar para a combater, como a educação para os Media pode entrar nesta equação e ser um elemento indispensável em qualquer escola, ensinando a inocular, preparando para possíveis fake news e denunciando-as, amplificar fontes credíveis, por exemplo.

Não podia deixar, ainda,  de referir os diversos sites apresentados com cenários de aprendizagem e recursos muito interessantes, que podem ser importantes auxiliares na planificação da atividades diversas relacionadas com este tema, e não só. Finalmente, a abordagem das metodologias ativas foi também fundamental, já que só elas fazem sentido no desenho de atividades a realizar com os alunos.

Todos estes assuntos e muitos outros abordados, foram adequadamente apresentados, incentivando sempre a reflexão e a profundidade de análise, e suportados por documentação variada, que não foi possível explorar no momento, mas que me ocupou muitas horas em casa, dada a sua relevância. Relativamente à metodologia, foi seguida uma abordagem teórico-prática muito interessante que estimulou a partilha, a reflexão e a discussão e a aplicação dos conhecimentos teóricos apresentados, aliada à pesquisa de informação.

Quanto à adequação ao nível dos formandos, poderei apenas falar na minha situação, e considero que a formação me desafiou, que apresentou algumas coisas que já conhecia, mas muitas outras novas,  obrigando-me a um esforço de relação e integração que considero muito salutar.

3.Impacto da formação no desempenho docente (implicações no trabalho a desenvolver em contexto educativo com a transferência dos conhecimentos adquiridos).

A formação teve um forte impacto no trabalho que desenvolvo já que não só desenhei duas atividades que apliquei durante o curso da formação em contexto de sala de aula, como partilhei vários materiais e esses cenários criados com os docentes da escola, integrando essa ação no PADDE, que coordeno, e sei que outros docentes aplicaram também, pelo que só por isso é evidente já uma dupla transferência dos conhecimentos adquiridos.

Além disso, como trabalho final, desenhei um projeto a implementar no próximo ano letivo, que será apresentado no conselho pedagógico e que poderá ser o fio condutos dos DAC a realizar, com uma sequência de atividades que visam ajudar os alunos a lidar com a desinformação e que compreende uma fase de apreensão de conteúdos e depois o desenvolvimento de um projeto sobre um tópico relacionado com o tema para apresentar à comunidade escolar e a construção de um mural da verdade.

Todo este trabalho será apoiado por um site que desenvolvi também durante a formação, no qual figuram informações, documentos e recursos variados que considerei úteis, a maior parte dos quais foram apresentados durante a formação.Portanto, é inegável o impacto que a formação teve em mim, enquanto docente, na escola, no âmbito do desenvolvimento digital crítico de todos os intervenientes.

4. Reflexão, como formando(a) sobre o trabalho realizado (de uma forma fundamentada, oriente a sua autoavaliação tendo em conta os seguintes critérios de avaliação:

  • Motivação e participação (a pertinência e clareza das intervenções, interesse, motivação, iniciativa e autonomia, participação nas atividades e tarefas propostas nas sessões presenciais; a integração no grupo (relacionamento interpessoal e capacidade de partilha de saberes); sentido de responsabilidade (pontualidade, assiduidade e compromissos assumidos).

  • Produção de trabalhos e/ou materiais (conhecimentos científicos e profissionais demonstrados; trabalhos e/ou materiais produzidos (interesse na execução, empenho no trabalho individual ou de grupo, qualidade e adequação pedagógica); apresentação do trabalho e/ou dos materiais produzidos à turma e ao formador.

  • Indicação da autoavaliação qualitativa/quantitativa (correspondente ao seu desempenho)

No que diz respeito á minha participação e desempenho, considero que desenvolvi participei de forma pertinente, procurando contribuir para o enriquecimento das discussões e da partilha de informação, realizei todas as tarefas propostas, dentro dos prazos previstos, fui assídua e pontual (as únicas horas em falta deveram-se a uma reunião na escola) e cumpri com todos os compromissos assumidos com os colegas no que diz respeito aos trabalho de grupo, organizando a informação e enviando de imediato, com a formadora, apresentando todos os trabalhos indicados e com o centro de formação, entregando todos os documentos solicitados.

Relativamente aos trabalhos produzidos e matérias, o entusiasmo que a formação me proporcionou e a riqueza de recursos apresentados fizeram com que começasse a desenhar o projeto final logo na primeira sessão, com a construção do site e a idealização de várias etapas de ação que pudessem conduzir a uma intervenção alargada na escola em que estou.

Evitando falsas modéstias, fiquei muito satisfeita com o trabalho que desenvolvi, que precisa ainda de ser limado, mas tem um forte potencial de utilização e, ainda que não seja usado por outros, permitiu-me a mim organizar todos os recursos que se relacionam com a desinformação.

Considero, ainda, que os recursos que produzi têm qualidade científica e uma abordagem pedagógica ativa e adequada.Por tudo isto, autoavalio-me com excelente.

 

5. Pontos fortes e pontos fracos da ação.

Pontos fortes: a qualidade discursiva e científica da formadora; a variedade e qualidade dos recursos apresentados; a articulação entre a teoria e a prática; o bom relacionamento com os formandos.

6. Sugestões de melhoria: -

7. Considerações finais

Em conclusão, gostaria mais uma vez de salientar a pertinência desta formação e a utilidade da mesma, bem como o profissionalismo da formadora, que fizeram com que enriquecesse as minhas práticas pedagógicas e me mostraram a necessidade de transversalmente se trabalhar este tema. 

O porto seguro onde regresso sempre

O eterno desafio

O fascínio inexplicável pelos espaços mágicos

A felicidade de pisar solo novo...

A necessidade de conhecer múltiplos olhares sobre o mundo

A procura de desafios em boa companhia

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